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A PSICOPATIA DO ESQUERDISMO POLÍTICO

Atualizado: 23 de nov. de 2021










Por Leonardo Condurú (19/05/20)

In blog do leocond


I. Da esquerda festiva dos anos dourados


Nos anos 70 era comum que se referissem ao esquerdismo, como se fosse uma doença infantil do comunismo. Uma expressão então em voga junto a historiadores, intelectuais e imprensa, capitaneada que era por estudantes e artistas que lutavam contra a repressão dos governos militares daquele período.


Nos points e discotecas, o termo esquerdista era tido como um modismo chique e corajoso pela juventude dourada daqueles tempos regados por boas músicas de Caetano e Chico, dois esquerdistas famosos.

Mais recentemente, o naipe político de uma nova direita se incorpora ao debate em contraponto às ideias do compadrio das esquerdas, como será visto mais adiante, que amadurecia.


Atualmente, as discussões permanecem em torno dos vieses que se apregoa às pessoas com determinado perfil político: de esquerda ou de direita, com esta banda bem atenuada em relação à conotação que tinha no passado; mas as plenárias de esquina de outrora deram lugar a debates nas redes sociais de hoje, em todos os níveis e foros, continuando a suscitar polêmicas.


Será que existem pré-requisitos que invoquem com clareza suficiente o que venha a ser um indivíduo de direita vis a vis um outro de esquerda?


É bom lembrar, porém, que vivemos em pleno século XXI, num mundo globalizado e digital, onde a informação e os negócios são repercutidos em tempo real em diferentes mídias alheias a nossa vontade, numa ou noutra direção, o que tende a enfraquecer algumas visões meio estereotipadas de nossa conjuntura política sobre o tema.


E por que se faz esse lembrete?



II. Do esquerdismo num contexto histórico


Como se sabe, um pouco de história não faz mal a ninguém e o batismo político de “direita”, ou “esquerda”, advém do século XVIII, dos anos que culminaram com a Revolução Francesa, de 1789.


Durante a Idade Média (dos séculos V a XV), a sociedade europeia era dividida em três classes predominantes: (i) a nobreza (dos grandes guerreiros e governantes), (ii) o clero (dos sábios religiosos) e (iii) os servos (dos trabalhadores do campo e do povo em geral).


Com a dinamização do comércio e o crescimento das aldeias, agora cidades medievais, surgem os comerciantes (burgueses), por volta do século XI, alterando a configuração de poder mencionada.


Pela força adquirida, a burguesia — que incorporava além dos comerciantes, os artesãos, os médicos e os banqueiros — foi incluída na Assembleia dos Estados Gerais (na França) e, ao atenuar o poder dos nobres junto à realeza contribuía para o fortalecimento desta.


Havia agora três classes (estados) dominantes, o clero e a nobreza, conservadores, que gozavam de privilégios inaceitáveis pela burguesia (o terceiro estado), que se lhes opunha por ser a única categoria obrigada ao pagamento de impostos. Os nobres e os religiosos sentavam-se à direita do rei, e os burgueses à esquerda. Daí surgindo, de fato, a origem política das expressões direita e esquerda.


No início do século XX, as democracias e dinastias europeias sofreram duro revés com a eclosão da I Guerra Mundial (1914 a 1918) então circunscrita geograficamente à Europa.


Com o fim do conflito, que deixou 25 milhões de mortos, uma Europa destruída, e países contendores insatisfeitos com seus desdobramentos, novas ideologias políticas surgem, como o comunismo, o fascismo e o nazismo, que se contrapunham à democracia, considerada incapaz, desde o advento da Revolução Industrial no século XIX, em atender aos anseios das nações e das classes trabalhadoras, em especial.


O comunismo, com o aparente sucesso da revolução bolchevique russa (de 1917) e das teorias de pensadores socialistas, como Marx e Engels, Lênin e Trotsky, rompia com o status quo do novo capitalismo e das democracias europeias, que não resolviam os problemas da exploração do trabalho, da pobreza, do desemprego e da fome.


Se implantava, assim, a ditadura do proletariado — numa adesão, pela força, de repúblicas socialistas na então União Soviética — onde todos seriam tratados igualitariamente e os meios de produção passavam a ser propriedade do Estado, que distribuiria a produção, a renda e a riqueza da nação dentre todos os seus cidadãos, com o fim da divisão de classes e da exploração do trabalho.


Para Marx e Engels, a teoria marxista constituía o cerne do socialismo científico e do comunismo. Segundo esta doutrina, em todas as épocas da história a sociedade fora marcada por lutas de classes, sendo essa relação caracterizada pelo antagonismo entre uma classe opressora e uma oprimida.


Nas sociedades capitalistas, essas classes seriam representadas respectivamente pela burguesia, que detinha os meios de produção e boa parte da riqueza gerada, e o proletariado, que nada possuía além da própria mão de obra, que era vendida como mercadoria ao proprietário do capital ao sabor da concorrência e das práticas de mercado. Nas fábricas, trabalhavam amontoados e vigiados, tratados como servos da classe burguesa, do estado burguês e do proprietário da fábrica, que tinha como único objetivo o lucro.


Quando a classe proletária fosse capaz de tomar consciência da sua situação e buscasse uma organização de luta, assumindo o poder e administrando o sistema de forma justa e em prol de todos, as classes sociais seriam abolidas e com ela chegaria ao fim também o Estado. A partir desse momento, vejam só, a sociedade estaria preparada para o sistema comunista.


E foi assim que Joseph Stálin, um simples ex-secretário geral do partido comunista russo, conquista o poder supremo do comunismo, eliminando, um a um, todos os concorrentes que ameaçavam a sua liderança, inclusive além-mar. Antes, durante e depois da II Guerra foi o ditador, guiando a URSS com mão de ferro até 1954.


O fascismo, que prometia restaurar as sociedades destruídas pela Grande Guerra, era centrado no nacionalismo e na autoridade de um estado forte e sem partidos políticos que alimentassem visões antagônicas, e onde em nome da nação qualquer sacrifício seria exigido e suportado por todos.


Na prática, um regime totalitário governado por um ditador, líder supremo e carismático, representado, na Itália, pela figura do ditador Benito Mussolini, e que logo serviria de inspiração para outros governos e regimes mundo afora.


O nazismo, inicialmente uma cópia quase fiel do fascismo, com insumos do socialismo, surge na Alemanha destroçada pela derrota na I Guerra Mundial e pelas duras imposições do Tratado de Versalhes, que lhe trouxe uma crise econômica sem precedentes, que só vieram a fortalecer o discurso nacionalista e extremista difundido por certas parcelas da sociedade alemã daquela época, muito parecido com os do fascismo italiano.


Vale ressaltar, antes de tudo, que a sociedade alemã do pós-guerra se organizou em um sistema político liberal que ressaltava os valores de uma democracia representativa e que foi dominada pelo Partido Social Democrata, de 1919 a 1933, num período da história alemã conhecido como República de Weimar.


Aquele período, no entanto, foi extremamente conturbado por causa das consequências da Grande Guerra: primeiro, (i) porque parte da sociedade alemã sentiu-se traída com uma derrota que era considerada quase impossível por grande parte da população; depois, (ii) em razão do colapso da economia alemã, onde a moeda nacional sofreu forte desvalorização: o marco alemão, em 1923, havia sido reduzido ao valor de um milionésimo de milhão do que valia em 1913; e (iii) o desemprego que alcançava 44% nos anos da Grande Depressão de 1929.


Nesse contexto, o nazismo encontrou espaço para surgir e crescer dentro do cenário político alemão. Inicialmente, como um partido voltado para o seu proletariado, o mais duramente atingido pelos efeitos da Guerra, então conhecido como Partido dos Trabalhadores Alemães. Depois, em 1920, é transformado no Partido Nacional-Socialista (não por mero acaso, grifo nosso) dos Trabalhadores Alemães, ou NSDAP. E em 1921, o então eloquente ex-cabo alemão da I Guerra, Adolf Hitler, viria a ser o líder supremo do nazismo (o Führer).


Afora a rejeição do fascismo e do nazismo pelas ideias da abolição da propriedade e da igualdade social absoluta, postuladas pelo comunismo, as três ideologias apresentavam características muito parecidas entre si, mais ou menos agudas num ou noutro regime, quais sejam:


(i) o antiliberalismo;


(ii) o antibolchevismo/anticomunismo;


(iii) o racismo (seja pelos mais fortes em nome da vontade nacional, ou pela eugenia da raça superior e purificada);


iv) o expansionismo;


(v) o militarismo;


(vi) o autoritarismo;


(vii) o corporativismo;


(viii) o antissemitismo, dentre outras.


Se não bastassem os muitos pontos em comum, há ainda um traço indelével que resume bem o que são todas essas ideologias: o genocídio praticado em diferentes épocas, em maior ou menor escala.


Na URSS comunista, desde a revolução bolchevique, cerca de 40 milhões de pessoas foram mortas pela fome, trabalho escravo, tortura e execuções sumárias de opositores do regime e de minorias étnicas, como judeus, cossacos, armênios, chechenos e polacos, principalmente.


O extermínio programado de cerca de 5 milhões de ucranianos pela fome e inanição, em sua maioria mulheres e crianças, entre os anos 30 e 33, no evento conhecido como holodomor, somados a mais 9 milhões de adultos mortos em razão de trabalhos forçados e pela fome, no projeto de modernização soviético, na mesma época, mostram a face oculta do que foi o sanguinário ditador comunista Joseph Stálin.


Um genocídio imperdoável, pelo simples fato de a Ucrânia ter sido o principal foco de resistência ao comunismo, dentre todas as repúblicas soviéticas, e que pode ter servido como o verdadeiro ovo da serpente do holocausto nazista.


Durante a II Guerra Mundial, mais de 25 milhões de russos foram mortos. Desse total estima-se que 2 milhões tenham sido executados pelo próprio exército vermelho, devido às deserções e adesões às forças nazistas.


São sabidas as execuções de mais de 20 mil suboficiais e oficiais poloneses num acerto de contas durante o Pacto de Não Agressão celebrado com a Alemanha, em 1941, cuja culpa jogava-se sobre os nazistas; bem como a parcimônia soviética no extermínio, pelos nazistas, de 15 mil resistentes poloneses da Varsóvia ocupada e mais de 160 mil civis, nos últimos dias da II Guerra, em 1945, onde as tropas russas já acantonadas nas cercanias da capital polonesa nada fizeram para deter a matança nazista.


Recentemente, com o acidente nuclear de Chernobyl, na Ucrânia de 1986, onde se estima que tenham morrido perto de mil pessoas até os dias de hoje. Um genocídio, com a patente de crime ambiental e contra a humanidade desse “acidente”, uma vez que a usina operava como geradora de energia e no enriquecimento de urânio, ou seja, vinha sendo usada também na produção de armas nucleares o que punha em risco a vida humana na Terra.


Na China comunista de Mao, os expurgos constantes, a fome, a tortura e o trabalho escravo levaram à matança estimada de 60 milhões de chineses, o que parece perdurar até os dias de hoje, em completo segredo, apesar do “capitalismo selvagem de estado” praticado na China, mas que ainda mantém milhões de chineses com fome e no limiar da pobreza absoluta.


Na Cuba do ditador Fidel Castro e do líder revolucionário Che Guevara, estima-se que cerca de 300 mil cubanos, fugitivos ou inimigos do regime, tenham morrido por fuzilamento no famoso el paredón cubano.


Na Venezuela, de Hugo Chavez e Nicolás Maduro, são estimadas em mais de 100 mil as mortes de civis, pela fome, execuções e embates com as forças de repressão. Outros 500 mil refugiaram-se em países vizinhos, fugindo do comunismo bolivariano, na luta pela vida.


Na Itália fascista de Mussolini, estima-se que 440 mil pessoas morreram em conflitos: (i) durante a invasão da Abissínia (atual Etiópia), em 1935, que levou à execução de 30 mil etíopes; (ii) mais 5.910 judeus mortos em campos de concentração nazistas, dos 7 mil que foram deportados para a Alemanha, em 1938; e outros 410 mil italianos mortos na II Guerra, em razão da aliança com a Alemanha nazista.


Pelas barbaridades cometidas contra o povo italiano, o ditador Mussolini foi preso, executado e decapitado junto com a mulher, Claretta Petacci, em 28/04/45, na cidade de Como e seu corpos levados para Milão, onde foram exibidos para execração pública.


A Alemanha nazista de Hitler foi responsável, diretamente, por mais de 70 milhões de pessoas mortas durante a II Guerra. Destas, cerca de 7,5 milhões de alemães. Nas clínicas de eutanásia e nos campos de concentração e de extermínio da máquina nazista, mais de 6 milhões de pessoas foram mortas no holocausto dos judeus e no morticínio de deficientes físicos e mentais, negros, ciganos, opositores do regime, polacos e testemunhas de Jeová.


Dos exemplos citados parece não haver dúvidas, quaisquer que sejam, que os ditadores mencionados tinham todos almas gêmeas e os regimes apontados muito pouco que os caracterizassem como de direita ou de esquerda. Depois destas narrativas, você saberia dizer em que ala está inserido?


Diante do contexto histórico, a dúvida parece continuar e a discussão em torno do aqui ou acolá fica estereotipada tendendo a se esvaziar em si mesma. Todavia, se nesse debate incluirmos os tempos atuais não haveria exagero em se dizer que não sou de direita, nem de esquerda, muito pelo contrário. O que traduz a minha opinião, a princípio.


De um polo a outro da questão, não tratando apenas de se carregar arquivos com digressões enfadonhas sobre o assunto, eis aqui uma boa ilação, num caso ligado ao esporte e à discussão no futebol.


Quem seria o melhor, o craque canhoto ou o destro? O canhoto Messi, ainda em atividade, ou o destro Zico, que ainda bate um bolão mesmo sessentão, são aquilo que se pode chamar de espelho um do outro, em todos os quesitos, dentro ou fora do campo. Muita qualidade acima de tudo e, na minha opinião, são dois dos maiores jogadores de todos os tempos, atrás apenas de Pelé.



III. Do esquerdismo político num viés ideológico extremista contra governos e a ordem democrática


Como se vê não é tão fácil quanto parece a escolha numa ou noutra direção, mesmo quando se leve em conta um famoso ditado popular onde se diz que “política, religião e futebol não se discute”. O que não é verdade, porque são justamente dos assuntos mais discutidos em qualquer foro, em qualquer rede social, em qualquer mídia.


Há exceções quanto ao foro propriamente dito. Com relação ao de São Paulo as opções pelo esquerdismo dito comunista, socialista, ou populista são claríssimas.


Desde os anos noventa, com o colapso do comunismo soviético, Fidel Castro e Lula, então líder supremo do PT, puseram em marcha um plano, de modo a se evitar o fim do comunismo nas Américas no que poderia vir se tornar um efeito dominó em razão da debacle soviética. Desta agenda comunista fazem parte a Argentina, o México, a Nicarágua, Cuba e Venezuela, incluindo-se, ainda, a Espanha do primeiro-ministro Pedro Sanches.


Não se trata aqui de mera especulação, caro leitor. Mas, o programa do Foro de São Paulo escrito para os próximos quatro anos pela esquerda comunista, que já engloba mais de cem partidos, vai aqui reproduzido em suas principais agendas. Caso queira, veja a matéria no link abaixo.


Para os anos de 2019/20, está prevista uma agenda com os seguintes objetivos: (i) a submissão do judiciário ao poder executivo; (ii) o aumento na duração dos mandatos constitucionais, de modo a se poder usar o dinheiro público e o patrimonialismo de Estado em proveito dos “governos de esquerda comunista”; (iii) o incremento do manejo e da manipulação do meios de comunicação (as fake news em todas as mídias e institutos de pesquisa) em favor dos governos da esquerda comunista; (iv) a promoção do descrédito das religiões, em especial a católica, confundindo o teor de suas celebrações com legendas e frivolidades; (v) o controle da educação e a sua utilização em favor da doutrinação política (a pedagogia do oprimido em ebulição); (vi) a incorporação de membros simpatizantes do comunismo no exército nacional.


Em 2021/22, a pauta do Foro de São Paulo avança, mirando agora: (i) no controle total da Internet e das redes sociais (de novo as fake news, agora ampliadas); (ii) na perseguição aos grandes empresários para que saiam do País; (iii) na reverberação e no incensamento da corrupção de setores neoliberais; (iv) no aumento do gasto público, criando-se cargos e empregos a ser preenchidos por pessoas afinadas com a esquerda comunista (aumento do empreguismo nas estatais, em essência); (v) no estabelecimento de estruturas paralelas de atuação na administração, de modo a diluir o poder de administrações públicas hostis (as ONGs revisitadas); (vi) no controle do sistema bancário, da moeda e do câmbio.


Para o biênio 2022/23, o programa radicaliza ainda mais prevendo: (i) a expropriação de terrenos e empresas, e outorga de sua gestão a lideranças afinadas com a extrema esquerda (as milícias atuantes); (ii) a construção de habitações e a distribuição prioritária a afilhados políticos; (iii) a reforma da CF e da Legislação eleitoral, de modo a se garantir reeleições; (iv) a estatização de todos os bens de produção, depois o trabalho assalariado, e depois fora com o capitalismo.


Enfim, a isto se chama de “compadrio das esquerdas”, que se imiscui, no todo ou em parte, com as ideologias totalitárias do início do século passado, quais sejam: o nacional socialismo dos trabalhadores alemães (o nazismo); o fascismo, do estado forte italiano; o comunismo, da ditadura do proletariado.


Todos com uma história genocida em comum, tendo como fulcro a submissão das massas a ditadores ou líderes autocráticos, em geral carismáticos, e possuidores de almas gêmeas em essência.


Uma constatação de arrepiar, como se vê. Mas, aí fica mais fácil para qualquer um que ainda esteja em dúvida se decidir, se à direita, ou à esquerda.


Se você é daqueles que apoia, na íntegra, os mandamentos do Foro de São Paulo então, com certeza absoluta, é de esquerda, e também populista, socialista e comunista, simultaneamente. Para mais ou para menos. Se não endossa nada do que ali está escrito, então é de direita, ou conservador. Opa, aí então me incluo.


Quanto aos regimes políticos, à luz da história, o nazismo e o fascismo seriam ideologias de esquerda, ou de direita? E o comunismo não seria de direita? Ou será mesmo de esquerda?


Mais ingredientes ao debate. Para tanto busquei opiniões de pessoas que se dizem assumidamente de esquerda, de modo a aferir a direção das respostas. Temos aqui muita coisa interessante. Vejam só:


1. “Com a evolução da Democracia a esquerda passou a ser identificada como aquela que defende a intervenção do estado na economia e na vida social e, principalmente, defende o ideal igualitário. A Direita é identificada por defender a liberdade de mercado (a não intervenção do estado na economia) e direitos individuais”. (https://www.progresso.com.br/opiniao/direita-volver-esquerda-volver/176633/)


R1= A ideia confunde regimes políticos com sistemas econômicos.


Sob o ponto de vista econômico, qualquer que seja o sistema, capitalismo puro (economia de mercado), ou capitalismo chinês (economia de mercado socialista), que se aproxima mais do brasileiro, a intervenção do governo na economia, como se empresário fosse, decorre da necessidade de prestação de serviço ou exploração econômica que demandariam um grande montante de recursos por parte da iniciativa privada, com taxa de retorno muito baixa, o que, em tese, não lhe seria atraente (os monopólios naturais, os bens públicos e obras de infraestrutura são bons exemplos).


Ou seja, a intervenção governamental na economia independe, a princípio, se o governo é de direita ou de esquerda. O Brasil, curiosamente, opera em capitalismo de mercado, mas com um perfil de socialismo puro, através de número gigantesco e recorde de empresas estatais, mais de 200. Boa parte das quais subvencionadas pelo erário porque não dispõem sequer de recursos para pagamento de salários.


Vale dizer, porém, que todos os países capitalistas do mundo possuem as suas empresas estatais, sem exceção, alguns mais outros menos, mas nada parecido com a situação brasileira, uma excrescência. Na França, pasmem, o governo é dono de duas estatais automobilísticas, a Peugeot e a Citröen. A Espanha tem estatais que são donas de ex-estatais privatizadas, no Brasil. E assim por diante.

2. “Na aparência a direita é progressista porque é liberal, no entanto ao defender a não intervenção do estado na economia, ela favorece apenas os detentores do capital e, ao defender direitos individuais, estimula a meritocracia, ou seja, nas sociedades geridas pela direita somente vence quem tiver méritos. Tio Patinhas, por exemplo, teve o mérito de ter um talismã, sua primeira moeda. Gastão, seu sobrinho o mérito de ter um pé de coelho que lhe dá sorte”. (https://www.progresso.com.br/opiniao/direita-volver-esquerda-volver/176633/)


R2= Ideias absurdas e disparatadas. Se a direita é só aparentemente progressista, então, de fato, a esquerda é que seria progressista?


E na defesa do direito de minorias não estaria implícita a defesa de direitos individuais? Será que as políticas públicas de inclusão social são mérito exclusivo da esquerda? O que expõe um contrassenso absoluto já que as esquerdas são radicalmente contra a meritocracia.


E quem não defende o mérito nos estudos, no trabalho, na vida, defende o quê? O puxa-saquismo, a leviandade, a patifaria, a falsidade ideológica?!


E olha que o Gastão faz parte de meu nome, Leonardo Gastão.

3. “Já a esquerda, aparentemente, engessa o Estado, mas, no entanto, sua ideologia prega um Estado forte para que possa agir como harmonizador social, para que distribua com igualdade e justiça as riquezas produzidas pela classe trabalhadora”. (https://www.progresso.com.br/opiniao/direita-volver-esquerda-volver/176633/)


R3= Não só aparentemente. De fato. A direita também postula por um estado forte, tal qual enaltecido pelo esquerdista. No entanto, cabe aqui uma pergunta que sirva de contraexemplo a tal blasfêmia: em qual país de esquerda, o estado forte serviu como harmonizador social e distribuiu com igualdade a justiça e as riquezas produzidas pela classe trabalhadora?


4. “É legitimo que direita e esquerda disputem o poder pelo voto, mas a direita parece não se conformar com derrotas sucessivas. E vejam que ter o governo não significa exatamente ter o poder. A esquerda elegeu vários governos na América, mas não obteve o poder, porque existe uma microfísica do poder (Foucaut), uma divisão do poder entre grupos e instituições”. Veja-se em (https://www.progresso.com.br/opiniao/direita-volver-esquerda-volver/176633/)


R4= Assertivas falsas e levianas. A disputa pelo voto só existe em países democráticos onde exista o pluralismo partidário. E se as esquerdas ganharam eleições majoritárias, como não obtiveram poder? Ou até superpoderes, como no caso do Brasil?


Em vários países governaram por mais de 10 anos seguidos. Foi assim na Bolívia e no Brasil, como está sendo na Venezuela, em Cuba, na Nicarágua, na Rússia e na China.


Aliás, no Brasil ficaram 16 anos no poder, sem tê-lo, de fato, porque, como diz o esquerdista, a “microfísica de poder” o teria fragmentado enquanto governos.


São absurdos cognitivos como o deste pensador que os fazem diferentes contradizendo-se a si próprios a todo instante.


Logo na primeira agenda do Foro de São Paulo, de 2019/20, está lá bem claro para quem quiser ver a diretriz da submissão do judiciário ao poder executivo.


O leitor mais curioso e atento deve ter percebido que aquilo que se vê na prática é bem diferente daquela narrativa de jerico. Vejam só: dos 11 ministros do STF, 9 foram indicados pelos governos petistas; 28 dos 33 ministros do STJ foram ali instalados por obra e graça dos governos populistas do PT, e dois terços dos desembargadores dos TRFs também foram guindados à toga por governos petistas.


O que é isto senão a submissão do poder executivo, e também do legislativo, ao judiciário, que lhes daria em troca proteção absoluta e livre trânsito para delinquirem e agir em causa própria, contra a democracia e o Governo?


Mais que isso, um passaporte diplomático para a dominação absoluta do Estado pela esquerda velhaca e maquiavélica que sempre se portou dessa maneira em todos os países onde se instalou ao longo da história.


O que pretendem, sem qualquer exagero, é a perpetuação no poder, uma aspiração permanente das esquerdas. Mas, não seria também da direita?


5. “Em especial, desejo lembrar o poder da Mídia, engajada majoritariamente à direita e financiada pelo empresariado. Imagine o leitor se uma emissora de televisão defenderia os interesses dos trabalhadores, sendo que as marcas mais famosas investem bilhões em propaganda. Ora, ao contrário de defender trabalhadores, a mídia põe-se a serviço da direita, escamoteando a exploração do homem pelo homem e fazendo com que o povo se conforme com o que tem. Mais que isso, mistifica a classe média que, embora não seja a classe capitalista, tem na cabeça o modo capitalista de pensar”.


R5= Quem diria, meus amigos, nosso interlocutor parece estar no mundo da lua, ou deve ser um “pedagogo crítico” da pátria educadora, daquele que se contradiz a si próprio. Um típico esquerdopata, a favor do contra. Nessa contradita seria muito fácil ser de direita, mesmo não querendo ser.


6. “Fico com a esquerda, uma esquerda democrática, solidária e que busque a fraternidade entre nossa gente. Fico com a esquerda especialmente nesse momento em que a direita brasileira, usando recursos condenáveis e mistificando nosso povo, tenta sepultar a democracia em nosso país. Não defendo a meritocracia, penso que devemos distribuir a riqueza da nação entre todos e que mesmo os incapazes de produzir algo, possam ter uma vida digna, graças ao trabalho daqueles que são capazes de produzir com a sua força e inteligência”. (https://www.progresso.com.br/opiniao/direita-volver-esquerda-volver/176633/)


R6= Não existe esquerda democrática. Ao contrário, é profundamente autoritária e populista. A direita é escolhida aqui com facilidade porque tem feito mais pelo nosso povo do que supõe a vã filosofia. De novo, nosso interlocutor parece estar mesmo no mundo da lua, ou deve ser um “pedagogo crítico e também oprimido” da pátria educadora, daquele que se contradiz a si próprio, que é contra tudo e todos. Um típico esquerdopata, a favor do contra.



IV. Do Radicalismo ao fanatismo, o esquerdismo político consagra a esquerdopatia como uma psicose urbana sem precedentes no Brasil


Um outro detalhe que chama a atenção de todos são os rompantes ufanistas de muitos esquerdistas que se autovangloriam a todo momento, depreciando e destruindo reputações de quem quer que tenha ideias diferentes das suas, a começar pelo “Bozo e seus Minions”.


Numa verdadeira “compaternidade de ideias” unem-se num compadrio esquerdopata, que se imiscui, no todo ou em parte, com as ideologias totalitárias do início do século passado, quais sejam: o nacional socialismo dos trabalhadores alemães (o nazismo); o fascismo, do estado forte italiano, e o comunismo, da ditadura do proletariado.


Possuem todos os seus militantes uma história genocida em comum, tendo como fulcro a submissão das massas a ditadores ou líderes autocráticos, em geral carismáticos, e possuidores de almas gêmeas em essência.


No Brasil, enaltecem heróis, como o mito Che Guevara, que na tribuna da ONU teve a coragem de se reconhecer assassino, dizendo “que matou muitos e que continuaria matando em nome de seus ideais revolucionários, onde os fins justificam os meios”. Da mesma forma como fizeram os revolucionários populistas que mataram, em 2002, o ex-prefeito de são Carlos, Celso Daniel, e uma penca de outros em seu entorno.

Tudo em nome dos ideais das esquerdas fanatizadas, ou da esquerdopatia, uma psicopatia grave, em estágio paroxístico, que os acomete a todos.


Basta seguir os links abaixo:



No Hall da Fama dos esquerdistas está lá juntinho a Mao Tse Tung, o papa da pedagogia crítica das esquerdas, Paulo Freire, que transformou muita gente simples em sala de aula, em contestador, crítico e revolucionário.


Desmitificando o mito que foi, nos legou os piores indicadores mundiais na leitura e interpretação de textos nos ensinos infantil, fundamental e médio, onde se gasta muito pouco, como proporção do PIB, cerca de 40% abaixo da média mundial. Numa grande contradição, dado que a taxa de retorno da educação nesses três níveis é maior, historicamente, do que a do ensino superior. (https://www.youtube.com/watch?v=yJunMvIFtxI)


A “pátria educadora” dessa turma da esquerda, que é conduzida por um ministério da Educação totalmente aparelhado pelos governos petistas, empregando metade do funcionalismo público federal (cerca de 300 mil servidores), continua gastando muito e mal na educação superior, em torno de 6% do PIB, um número 30% superior à média mundial, maior até do que gastam os americanos. (https://www.youtube.com/watch?v=yJunMvIFtxI)


No orçamento das universidades públicas, que ultrapassa os R$ 100 bilhões, gasta-se muito para se pagar pessoal direta e indiretamente, via fundações mantidas nessas universidades, que sangram o erário e vão para o bolso dos próprios docentes. Na maioria das vezes, sobrando muito pouco para a manutenção de hospitais, reaparelhamento de laboratórios, equipamentos de pesquisa e inovação científica e tecnológica, capacitação para valer de docentes, dentre outras prioridades frequentemente negligenciadas. (https://www.youtube.com/watch?v=yJunMvIFtxI)


Diante de tudo isso, continuamos patinando em indicadores melancólicos de produção acadêmica no ensino superior, com o Brasil ocupando os últimos lugares na qualidade e no impacto social dos trabalhos publicados. Mesmo que para isso não faltem recursos.


De fato, na minha opinião, as esquerdas não são, nem nunca foram, sinônimo de progressismo ou de vanguardismo, como costumam alardear.


São senhores do atraso:


(1) do estado gigante e de governo forte subvencionado pelo patrimonialismo de estado;


(2) do populismo e da alcova ideológica, dogmática e cognitiva;


(3) do fisiologismo político-partidário, midiático e sindical;


(4) do nepotismo e do puxa-saquismo nas “relações de trabalho”;


(5) da trapaça, da injustiça e da bandidagem nos negócios;


(6) da violência cega, surda e muda praticada contra os mais humildes.


Assim sendo, como democrata convicto que sou e diante de tanto descalabro, até por inércia, o bom senso me convida a fazer a escolha certa, mas nunca serei vitimado pela esquerdopatia que acomete a maioria de nossos jovens no ambiente das universidades públicas e boa parte dos trabalhadores das empresas estatais.


Em psicologia reversa, prefiro seguir o nome de uma rua de São Paulo, como canta o poeta, a direita.


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