Por Leonardo Condurú (em 25/04/2020)
Na minha opinião o ex-ministro Moro foi sabotado dentro e fora do Governo, desde o início do mandato de JB. A sua proposta de combate pesado ao crime e à corrupção foi esfacelada desde quando ele pretendia que ficasse sob a jurisdição do Ministério da Justiça, o COAF (cuja principal missão é coibir o crime de lavagem de dinheiro: disciplinando, aplicando penas administrativas, recebendo, examinando e identificando ocorrências suspeitas de atividades ilícitas relacionadas ao disfarce da origem de recursos ilegais), o que lhe daria maior autonomia de atuação: junto com a Polícia Federal, ficaria com dois dos cinco principais órgãos de atuação contra crimes financeiros (que têm ainda CGU, TCU e MPF).
Em princípio tudo acertado, mas eis que a briga por egos e vaidades fez com que o ministro Paulo Guedes reclamasse para si a pasta, achando-a mais compatível em seu ministério, para esvaziar o prestígio de Moro, com aval de JB é claro.
O presidente JB, o “mito”, e PG querendo ser mito, tripudiaram ambos em cima de Moro, o verdadeiro baluarte do Governo JB, que contava com o COAF como sustentação ao seu projeto de agravamento das penas para crimes financeiros e de corrupção, então tramitando na Câmara.
A legenda de aluguel do JB, o PSL, foi orientada a atuar junto com o centrão, que se submetia inconteste ao verme Rodrigo Maia, o nhonhô botafogo, no projeto de lei de agravamento de crimes de Moro, o qual foi completamente dilapidado.
Em paralelo, o ex-ministro perde a briga pelo COAF para PG e daí em diante percebe que estava servindo muito mais para dar prestígio ao Governo, mesmo que por inércia, do que para produzir um trabalho sólido como ministro da Justiça.
Infelizmente, virou uma peça decorativa de Governo e mais cedo ou mais tarde sairia do staff de JB. O estopim foi a saída do superintendente da PF no RJ, regional com fama de ser a mais corrupta do Brasil, desde a omissão perante os crimes praticados pela quadrilha de Sérgio Cabral, que rivalizavam até como o Petrolão de Luladravaz. Trabalhava quase sempre sob os afagos dos governos estaduais do Rio de Janeiro, inclusive do escroto Witzel.
Acho que perdemos todos nós, em especial JB, PG e até o Moro. Saem fortalecidos os criminosos da imprensa, da GloboLixo, BandLixo, FolhaLixo e UolLixo; do congresso, RM, DA, centrão, os governadores subversivos, a canalhada do PT/PSOL e de outras legendas do “troca tudo por dinheiro”; do judiciário, o quarteto do crime do STF (GM, DT, LEWA e MAMELLO), o presidente do STJ, ONoronha, além da turma do Apocalipse Zumbi, sempre querendo o pior para o Brasil.
Sob a minha visão é assim que vejo a questão, como fã incondicional do Moro que sempre fui.
Comments