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AS ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS DE 2018 E O TSUNAMI BOLSONARISTA

Atualizado: 24 de out. de 2021











Por Leonardo Condurú (setembro e outubro/2018)


1. A ação do Instituto Data Folha e da rede Globo contra Bolsonaro nas eleições de 2018 (17/09/18)


O curioso destas eleições é que o Data Folha e a Rede Globo continuaram a fazer a cabeça dos pobres eleitores brasileiros em direção ao abismo socioeconômico plantado pelo ovo da serpente do califado petista. Numa estatística de quinta categoria apontavam um índice de rejeição altíssimo de Bolsonaro, acima dos 40%, algo jamais visto para um candidato debutante à presidência, em pesquisa nunca posta à mesa para se atestar um fato, que não passa de informação falsa (fake news).


Mesmo líder, com apenas 24% das intenções de votos, Bolsonaro perderia em segundo turno para qualquer um, de Saci Pererê à terrorista Gleisi Hoffmann. Omitiam, contudo, que ainda não se disputara nem o primeiro turno e se as eleições fossem em 17/09/18 não haveria segundo turno porque Bolsonaro venceria de barbada. A propósito, muitos outros institutos de pesquisa, não tão incensados quanto o Data Folha, apontavam Bolsonaro com mais de 30% dos votos válidos, mais do que o dobro de seus concorrentes mais diretos.


De há muito, analistas apontam a tendenciosidade das pesquisas encomendadas a este Instituto, também apelidado de Data Foice ou Data Dilma. Operam à semelhança das agências de rating americanas que, dependendo do quantum (a paga) e das pressões dos clientes, atuam para inflar ou desinflar as notas de avaliação, tal como fizeram na crise financeira hipotecária americana (das subprime) de 2007/08, que ainda hoje é o modelo seguido por todas as outras.


No caso das pesquisas eleitorais, pelo aumento ou redução dos percentuais de intenção de voto dos eleitores, ou pela indução a erro destes no tocante à imagem e à rejeição dos candidatos, tal como fizeram com a candidata Marina, em 2014. No caso de Bolsonaro, contudo, as tentativas de desqualificação do candidato são flagrantes e, nesse contexto, o líder absoluto das pesquisas PERDERIA PARA TODO MUNDO, MAS SÓ NO SEGUNDO TURNO, desconsiderando-se a eleição de primeiro turno. Haja espertalhões, até no determinismo da matemática. Fora DataDilma. Acorda Brasil!


2. Minha opinião sobre o quadro eleitoral do momento (22/09/2018)


De acordo com a pesquisa mais recente da BandNews, considerando votos válidos, observa-se subida consistente de Bolsonaro, agora com 35%. A ascensão de Haddad, para 21%, desmistifica a falsa noção de transferência de votos de Lula para o seu substituto, articulada por muitos analistas, em especial os simpatizantes da causa lulopetista.


Este feito já estava gravado nos 9% iniciais de Haddad. Sua subida, junto com a de Ciro, deveu-se à queda de outras candidaturas com espectro nas diversas facções do PT de outrora, como a de Marina Silva, da ala “paz, amor e sustentabilidade, hoje com apenas 8%; a de Boulos (PSOL), mais radical, agora com zero%. O que explicaria em parte também a ascensão de Ciro, com 16%.



No caso de Ciro, em particular, sabe-se que PDT e PT sempre trilharam juntos o caminho do populismo a qualquer preço.


O PDT, do lendário e letrado Brizola que com seus discursos ufanistas e frases de efeito, embora absolutamente prolixas, agitava parte do eleitorado herdado do trabalhismo de Getúlio Vargas. Governou o ERJ por duas vezes, deixando-o praticamente falido quando foi enxotado da política.


O PT, guiado por seu único líder, Lula, também ufanista, mas iletrado, boquirroto, e amante de primeira hora de microfones, quaisquer que sejam, foi o idealizador e gestor de dois grandes fiascos de seus governos, o Mensalão e o Petrolão que quebraram o País e o transformaram num dos líderes mundiais em corrupção institucionalizada.


O candidato Ciro é herdeiro direto dessa pajelança e de seu feudo político familiar no CE. Ganhou alguns pontos com isso e mais alguns outros devidos à queda lenta e gradual de Alckmin, seu concorrente, numa faixa estreita do eleitorado, cuja debacle pode se acentuar com a carta apelativa de FHC em favor da união de candidaturas.


Enfim, essa foi a minha leitura de momento:


i. Bolsonaro com crescimento lento e gradual, ainda enfermo em leito de hospital. Se sair dessa em condições de encarar o eleitorado mais de perto, pode vir a crescer muito mais e surpreender já no primeiro turno.


ii. Ciro não teria como subir muito mais, a menos que os votos de Marina convirjam para zero% e dos quais tenderia a herdar uma parte; da mesma forma que os de Alckmin e os de Meirelles, hipóteses menos prováveis. Nestes dois últimos casos, boa parte dos votos de Alckmin certamente migrariam para Bolsonaro e talvez também para Amoedo.


iii. O caso de Haddad é mais patético, não fosse ainda pela falácia de transferência de votos de Lula, já totalmente contabilizados pela sigla PT antes de sua marcha de subida. Só poderia subir muito mais, caso a campanha de voto útil contra Ciro venha a funcionar e houvesse a transferência total dos votos de Marina, em queda livre, como já assinalado, e também viesse a herdar todos os 3% dos votos contabilizados pelo Meirelles, até aqui.


3. Por que Bolsonaro pode vencer no primeiro turno? Minha opinião sobre o quadro eleitoral do momento (29/09/2018)

Considerando o mesmo perfil das eleições de 2014, em termos de comparecimento e votos válidos estaríamos diante do seguinte quadro: (i) 143,5 milhões de eleitores (dada a eliminação de 3,5 milhões de títulos pelo TSE; originalmente eram 147 milhões); (II) comparecimento de 117 milhões de eleitores (82% do total), e cerca de 107 milhões de votos válidos (75% do total).


Mantendo-se as últimas projeções, com Bolsonaro ainda enfermo, portanto conservadoras, ele teria cerca de 33% do eleitorado, o que dá cerca de 47 milhões de votos. Para obter o quociente de vitória no primeiro turno precisaria, no mínimo, de 53,5 milhões de votos, ou mais 6,5 milhões de votos válidos. Mas como isto seria possível?


Tomando-se os votos do candidato-chave dessas eleições (em primeiro turno), o Alckmin, que tem hoje cerca de 11% do eleitorado, ou 15,8 milhões de votos, e admitindo-se que o candidato em questão tenha pouquíssimas chances de chegar ao segundo turno, é de se esperar que seu eleitorado possa jogar a toalha do voto útil e que haja a migração parcial de votos dos seus eleitores para o candidato Bolsonaro.


Para tanto, bastariam que 6,43 milhões de eleitores, ou 40% do seu eleitorado, migrassem para Bolsonaro já no primeiro turno, o que é perfeitamente possível, desconsiderando-se quaisquer outras lucubrações a respeito dos demais candidatos e suas pontuações para cima ou para baixo.


Se não quisermos correr riscos adicionais de um segundo turno, o que poderia vir a ser traumático para todos nós, acho que seria uma boa ideia embarcarmos todos nessa onda. O que acham?


4. Por que Bolsonaro não venceu no primeiro turno? (08/10/2018)

Diante do mesmo cenário de votos válidos das eleições de 2014, reproduzido em 2018, de cerca de 107 milhões de votos válidos, Bolsonaro obteve 49.275.358 votos. Precisaria de pouco mais de 4 milhões de votos para o sucesso absoluto no primeiro turno, de cerca de 53,5 milhões de votos. Bastava que metade dos 7.206.162 votos nulos (6.14%) e dos 3.106.916 votos em branco (2.65%) lhes fossem contabilizados como válidos.


Conforme havíamos assinalado anteriormente os votos do candidato-chave dessas eleições (em primeiro turno), o Alckmin, foram determinantes para a subida de Bolsonaro na reta final do primeiro turno, mas não no ritmo e no tamanho que se esperava para a vitória ainda em primeiro turno.


Ao contrário do Data Folha (ou seria Data Dilma?) e do IBOPE, que apontavam, respectivamente, para um percentual de votos de Bolsonaro muito menor neste primeiro turno, de apenas 31%, e um índice de rejeição muito maior do que o de todos os outros candidatos, verificou-se que não foi bem assim que tudo aconteceu.


Nas pesquisas de segundo turno daqueles institutos, repercutidas quase à exaustão pelas redes Globo e Band, Bolsonaro perdia para todos os outros candidatos, inclusive para aqueles com nenhuma chance de segundo turno, como Alckmin, Ciro e, pasmem, Marina Silva. Ainda assim, fez a onda do tsunami atingir quase todos os estados do País e por muito pouco não chegou lá.


Pode não parecer totalmente verdadeiro, mas é fato que a credibilidade desses institutos vem sendo mantida graças às pesquisas de boca de urna, que tendem a ir, é claro, na mesma direção das pesquisas parciais, mas que sinalizam números muito mais próximos da votação real e por isso algum crédito ainda lhes é conferido.


Quer queiram, quer não, pesquisas parciais com viés ideológico claramente assumido — infladas ou desinfladas a gosto dos clientes, como as deste ano, e também como ocorridas nas eleições de 2014 — e a sua repercussão nas mídias, formadoras de opinião por natureza, tendem a influenciar, em conjunto, o voto do eleitor numa ou noutra direção, inclusive no caminho do voto nulo ou em branco. Na minha opinião foi o que também aconteceu e contribuiu para um segundo turno não desejado nestas eleições presidenciais.


Mas não só isto, além das questões já mencionadas, o atentado terrorista sofrido por Bolsonaro, por razões óbvias, criou um clima de desconfiança no eleitor, que se viu distante do clima de euforia, tal como havia acontecido em manifestações anteriores Brasil afora, o que certamente também contribuiu para e desmobilização do eleitorado em fins de campanha, tirando-lhe votos preciosos que poderiam lhe garantir a vitória em primeiro turno.


No mais, os prognósticos traçados para as demais candidaturas fluíram de acordo com a leitura que fizemos sobre o quadro eleitoral em outros momentos, em particular em 22/09/18.


Agora só nos resta torcer para que tudo avance sem traumas para uma vitória maiúscula de Bolsonaro no segundo turno, onde a bem-querência, quiçá, possa vir a sobrepujar a maledicência da crise e da desonestidade contidas na sigla com DNA criminoso do califado petista.


5. Por que votei em Jair Bolsonaro?


O fiz, convictamente. Para tanto, a única opção não dolosa disponível foi o voto em Bolsonaro, sem viés ideológico.


Como se sabe, aquela camarilha populista, antes rota e ”pobre”, passou a governar um País rico, em 2003, amplamente apoiada por sindicatos, no que ficou conhecido a republica sindical do PT.


Na ocasião, tal como um califado, assumiram uma Petrobras saudável, rica e produtiva (com todos os seus defeitos), então a sexta maior empresa de petróleo do mundo e a maior da AL.


Ao deixarem o Governo, qual não foi o seu legado senão o de transferência de riqueza dos cofres da empresa para os bolsos dos canalhas petistas e seus apoiadores de primeira hora, que ficaram todos milionários, alguns até mais do que isso, no escândalo conhecido como Petrolão, que sucedia outro, o Mensalão.


A PB, contudo, foi deixada empobrecida e desmoralizada perante a opinião pública, com a corrupção desenfreada em seus corredores, que amealhou dos seus cofres, desde a compra ruinosa de Pasadena, logo ao início da sanha petista, cerca de R$ 300 bilhões.


E mais do que isso, sugaram o sangue e a alma dos brasileiros, ceifaram os sonhos e a autoestima de milhões de jovens e levaram o infortúnio do desemprego a milhões de famílias.


Como não me indignar contra tudo isso? O caminho mais curto foi o voto útil, claro que em Bolsonaro, do qual não me arrependo.


Já me diziam, nas esquinas da vida, que todo petista é igual a bandido e que todo petista bom é igual a todo bandido bom. Logo, prevalecendo a prosa das ruas, onde “bandido bom é bandido m....”, o mesmo deveria valer também para “petista bom é petista m....”, máxima na qual passei a acreditar.


Diante de tantos malfeitos e pecados cometidos contra o povo brasileiro, não haveria de se ter penitência para nenhum deles. É como penso, meus caros.

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